Cuidados importantes no uso de descongestionante nasal
Alergias respiratórias, gripes e resfriados aumentam em estações mais frias e com eles o uso de descongestionantes nasais. Encontrados em multimarcas nas farmácias, os medicamentos precisam ser usados com moderação e prescrição médica, em razão dos efeitos colaterais que podem causar.
O uso indiscriminado do remédio esconde danos graves à saúde, como elevação da pressão arterial, problemas cardíacos e a dependência química de seus componentes. Por serem vendidos sem a necessidade de receita, eles parecem inofensivos, mas ocupam um lugar de destaque entre os medicamentos que mais causam efeitos colaterais graves.
Os efeitos do descongestionante nasal
O descongestionante nasal é indispensável para várias pessoas, que estão sempre com um deles disponível. Ele é realmente útil, já que consegue aliviar os incômodos do nariz entupido e permite que o usuário respire normalmente até terminar seus efeitos.
A substância faz uma vasoconstrição na mucosa nasal e a reação é imediata. Com um efeito tão rápido, é quase impossível para quem está se sentindo mal não o ter por perto para voltar a realizar suas atividades cotidianas sem sofrimento.
Assim que o efeito do medicamento passa, a mucosa incha e piora ainda mais a respiração fluída, fazendo com que o usuário faça nova aplicação e em quantidades maiores. Em pouco tempo, os efeitos são cada vez mais passageiros, o que estimula o aumento da frequência de uso e das doses aplicadas, , gerando, dessa forma, a dependência química à medicação.
Além da dependência, pode gerar diminuição do olfato. Há ainda problemas como a necrose do septo nasal, taquicardia, alta da pressão arterial e angina. O descongestionante nasal não é indicado para crianças e pode até matá-las com superdosagem, causando choque, falta de ar e parada cardíaca.
O tipo de medicação mais comum é o de gotas nasais, mas há ainda as formas de spray e comprimidos. Além dos danos a médio e longo prazo à saúde, eles apresentam efeitos colaterais a curto prazo como queimação no nariz, aumento da produção do muco e do tempo de congestão nasal, dores de cabeça, náusea e insônia.
O combate ao vício
Mesmo que na bula estejam inseridos todos os riscos e quantidades mínima e máxima para serem usadas, raramente ela é lida, muito menos seguida à risca. O usuário de descongestionante nasal acredita que devido à facilidade em comprá-lo, ele pode ser usado como ele achar mais adequado.
A dependência a esses produtos é originada pelo seu efeito rebote e, como todo vício, requer tratamento médico. Em geral, o médico prescreve medicamentos para amenizar os incômodos nasais para que o produto viciante seja abandonado.
Nem todos os descongestionantes nasais são vasoconstritores. Alguns deles, e que são indicados para crianças, possuem na composição soluções salinas como o soro fisiológico. Eles podem ser usados durante o período da doença, em que, além de aliviar o entupimento das vias nasais, também as hidratam.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como otorrinolaringologista em Governador Valadares.