Por que é importante fazer uma avaliação auditiva periódica?
A perda auditiva é muito mais comum do que se imagina, e é gerada, dentre outros motivos, pelo processo natural de envelhecimento ou por constantes exposições a altos ruídos. Sob esses aspectos, as células nervosas da cóclea sofrem danos contínuos e diminuem o envio de sinais elétricos, que passam a ser ineficientes e vão ocasionado perdas auditivas graduais.
Outra causa bastante comum é a presença de cera excessiva no ouvido, que pode ser removida numa consulta com um otorrinolaringologista, por meio de uma lavagem indolor. Como as perdas auditivas podem ser imperceptíveis no início, o indivíduo pode só perceber quando o problema já estiver bastante evoluído, o que torna fundamental a avaliação auditiva periódica.
A necessidade de avaliação auditiva periódica
A capacidade de ouvir é um conjunto harmônico da recepção de ruídos pelos canais da audição com a interpretação dos sinais pelo cérebro. Quando há alguma distorção ou dano na região, o cérebro age ajustando-se às condições mais precárias que lhe são apresentadas.
Esse processo entre o início do dano e a percepção significativa da perda auditiva pode durar anos. A demora pode trazer consequências graves e dificultar o tratamento e a cura, limitando os procedimentos e abrindo a possibilidade para uma perda auditiva irreversível.
Só no Brasil há uma média de 10 milhões de pessoas com deficiência auditiva, e grande parte desse número poderia ser evitada caso a avaliação auditiva fosse rotina de exames anuais na saúde pública. O exame de audiometria é capaz de avaliar a saúde auditiva de alguém, indicando precocemente a presença de alguma doença.
Um bebê na 20ª semana de gestação já consegue perceber sons, o que torna a audição o primeiro sentido a ser desenvolvido e começa a ser prejudicado com o envelhecimento, o que pode demorar, caso o paciente viva em boas condições de saúde. Pela fluidez da audição, é muito comum que só se procure um médico quando há algum problema evidente, como uma doença ou um acidente.
Os riscos de danos auditivos podem ocorrer no próprio cotidiano, com trabalhos em áreas com constantes ruídos, trânsito e até mesmo por assistir à TV em alto volume. Os avanços tecnológicos são maravilhosos, mas também podem colocar em risco a saúde auditiva dos usuários devido ao excesso e à aproximação de altos níveis sonoros.
O exame de audiometria
Assim que um bebê nasce, ele precisa fazer o “teste da orelhinha”, já que, como o “teste do pezinho”, pode identificar problemas congênitos. Já a consulta ao otorrinolaringologista deve ser feita periodicamente, para avaliação do canal auditivo, e, caso haja algum incômodo na percepção de sons, o exame de audiometria é indicado.
Nesse exame, é analisado cada ouvido em separado, numa avaliação dos ouvidos externo, médio e interno, além do nervo, das vias sensoriais e de qualquer perda mista que possa ter ocorrido.
Há 2 tipos de audiometria, a tonal e a vocal. Na tonal, a avaliação é feita com as respostas dadas do paciente aos tons puros que recebe, vindos de várias frequências. O resultado é subjetivo, já que há uma avaliação do estímulo auditivo e da reação provocada. Já a audiometria vocal avalia a percepção e a compreensão da voz humana.
Não é necessária uma preparação anterior ao exame, que é bastante simples e indolor. É preciso entrar numa cabine acústica que isola o som exterior. Nesse local, o paciente ouve apenas através de um fone os sons enviados pelo examinador.
O resultado da avaliação auditiva é expresso num audiograma, representado por um gráfico que indica as respostas dadas pelo paciente aos sons emitidos. Nele é possível detectar em que área auditiva pode estar ocorrendo alguma falha e se há possibilidade de ocorrer um problema mais sério no futuro.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como otorrinolaringologista em Governador Valadares.