Videoendoscopia da deglutição – entenda o procedimento
A videoendoscopia da deglutição é um exame indicado para pacientes que apresentam dificuldade para engolir alimentos devido a doenças neurológicas e degenerativas (derrame cerebral, Parkinson, Alzheimer), câncer de cabeça ou pescoço, pós-cirurgia da coluna cervical, obstruções da faringe e laringe, entre outros fatores que causam a disfagia.
A disfagia, dificuldade para engolir os alimentos, é um problema que leva a engasgos e à desnutrição, uma vez que a pessoa acaba reduzindo a quantidade de alimentos, até mesmo os líquidos e pastosos, por não ter uma deglutição normal.
A videoendoscopia da deglutição é um dos exames necessários para definir o melhor plano de tratamento. Através da videoendoscopia, o médico consegue analisar a fisiologia da deglutição: os movimentos neuromusculares orais, laringe, faringe e esôfago, durante a deglutição de alimentos sólidos, pastosos e líquidos.
As fases da deglutição:
1. Preparatória: Através da mastigação, o alimento sólido é transformado em uma massa homogênea, mais fácil de ser engolida.
2. Oral: Os movimentos da língua empurram a massa homogênea para o fundo da boca, acionando o reflexo da deglutição. Dessa forma, o alimento continua descendo.
3. Faríngea: O palato mole fecha a entrada da nasofaringe para que o alimento não suba nem retorne à boca. A glote e as pregas vocais também são fechadas para que a comida não seja desviada às vias aéreas.
4. Esofágica: Depois de passar pela laringe e faringe, o bolo alimentar, terá que passa pelo esôfago, antes de chegar ao estômago. Isso é possível graças a contratações de músculos que garantem a passagem do alimento através do esfíncter do esôfago.
Videoendoscopia da deglutição: como o exame é feito
Para fazer a videoendoscopia da deglutição, o médico introduz o endoscópico através do nariz do paciente. Esse instrumento possui uma micro câmera que possibilita a visualização da laringe, faringe e entrada do esôfago.
A videoendoscopia é realizada simultaneamente ao consumo de variados alimentos. Dessa forma, é possível diagnosticar a dinâmica da deglutição. O aparelho permite que o médico visualize o percurso dos alimentos, verificando se a comida ultrapassa corretamente o esfíncter do esôfago, que é o destino natural, antes de chegar ao estômago ou tem trajeto anômalo.
O exame é frequentemente realizado em conjunto com fonoaudiólogos, que, assim, podem ajudar a fazer o plano terapêutico.
Tratamento da disfagia
O tratamento depende do tipo de disfagia, identificado no exame. De modo geral, os objetivos principais são: reduzir os riscos de engasgos, evitar a desnutrição e melhorar a qualidade de vida do paciente. Quando a causa do distúrbio da deglutição está em disfunções da laringe e faringe, é necessário trabalhar os músculos da deglutição, através de exercícios de fonoaudiologia.
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